domingo, 18 de setembro de 2011

diagnósticos subjetivos! tratar aqui!


“Na década de 70, foi preciso facilitar um acordo sobre diagnósticos entre clínicos, cientistas e autoridades reguladoras, dada a necessidade de ligar os pacientes aos novos tratamentos farmacológicos.”
Carol Bernstein, presidente da apa.

(...) Carlat pergunta: “Por que os psiquiatras estão na frente de todos os outros especialistas quando se trata de tomar dinheiro de laboratórios?” Sua resposta: “Nossos diagnósticos são subjetivos e expansíveis, e temos poucas razões racionais para a escolha de um tratamento em relação a outro.” Ao contrário das enfermidades tratadas pela maioria dos outros ramos da medicina, não há sinais ou exames objetivos para as doenças mentais – nenhum dado de laboratório ou descoberta por ressonância magnética – e as fronteiras entre o normal e o anormal são muitas vezes pouco claras. Isso torna possível expandir as fronteiras do diagnóstico ou até mesmo criar novas diagnoses, de uma forma que seria impossível, por exemplo, em um campo como a cardiologia. E as empresas farmacêuticas têm todo o interesse em induzir exemplo, em um campo como a cardiologia. E as empresas farmacêuticas têm todo o interesse em induzir os psiquiatras a fazer exatamente isso.

(...) Seu trabalho consiste em fazer aos pacientes uma série de perguntas sobre seus sintomas, para ver se eles combinam com algum dos transtornos catalogados no DSM. Esse exercício de correspondência, diz ele, propicia “a ilusão de que compreendemos os nossos pacientes, quando tudo o que estamos fazendo é atribuir-lhes rótulos”. Muitas vezes os pacientes preenchem critérios para mais de um diagnóstico, porque há sobreposição de sintomas.

http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-59/questoes-medico-farmacologicas/a-epidemia-de-doenca-mental

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Paraísos Artificiais

"Este senhor visível da natureza visível desejou criar o Paraíso pela farmácia..."

C. Baudelaire "Les Paradis artificiels", 1858

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

bula

Uso recomendado:


A antijoia destina-se às pessoas que fogem das deformidades da sociedade contemporânea. Que tentam sair do molde a que foram submetidas e acabam por pagar um preço muito caro por levantar a cabeça entre a manada.
Quando atingem um determinado nível de consciência, esses indivíduos já não pensam em ostentar bens materiais e luxuosos, na sua maioria supérfluos, e começam a manifestar-se com o intuito de exteriorizar a nova relação de aceitação e admiração que passaram a nutrir por si mesmos. São sinais de uma rebelião interna rumo à libertação da mente.
Este processo, muitas vezes, ocorre de modo inconsciente, assim como a identificação com a antijoia, mas, em ambos os casos, baseia-se na subjetividade e é também fruto de um bem muito escasso dos dias atuais: a sensibilidade.
Dessa forma, a antijoia funciona como um mecanismo de exteriorização de pensamentos que provêm desta nova relação com o outro, por meio do reconhecimento, da interiorização e da exteriorização da diferença. É o triunfo de uma nova identidade!
Assim, nós da HAPPINESS temos a alegria de compartilhar nossa linha mutante e dinâmica de antijoias com o nosso público seleto e fiel.

antijoias